O Rapaz do Pijama às Riscas

Ontem estava especialmente sensível e o dia não foi especialmente fácil e tudo isto ou apenas o argumento do filme originou um vale de lágrimas na sala mais próxima...de mim.
É verdade, chorei baba e ranhoca, como há muito tempo não chorava por causa de um filme.
Adorei o filme, do ponto de vista artístico claro, pois a temática - o holocausto nazi - não tem nada para adorar. No entanto, é emocionante ver o retrato do holocausto a partir da ingenuidade de uma criança. As consequências dessa ingenuidade são terríveis, mas a sequência de acontecimentos, sempre a roçar o dramático, mantiveram-me pregada ao ecrã sem pestanejar.
Devo confessar que é dos temas que me captam mais a atenção, talvez por tentar insistentemente e em vão compreender tamanha crueldade, tanta falta de senso e de sensibilidade, tão pouco [nenhum!] amor ao próximo, sejam quais forem as suas diferenças e divergências.
Ouvi dizer [isto é, li...] que o livro no qual o filme se baseia, um romance de John Boyne, também é bastante bom. Aliás, e tal como acontece com a maioria dos filmes baseados em livros, parece que é, até, mais interessante. Ao contrário do que se possa pensar, consta que a história é abordada de forma simples, não fosse o narrador a criança que protagoniza a história, e é um dos livros que consta do Plano Nacional de Leitura do Ministério da Educação, destinado a leitura autónoma a partir dos treze anos.