segunda-feira, 31 de maio de 2010

Diálogo de extrema importância (ou talvez não)

- Tive um furo...
- Eh pá, que chatice... Antes tu que eu!
- Ai sim?
- Pois, safas-te melhor do que eu, de certeza...
- Devias fazer uns treinos para mudar pneus, é sempre útil.
- Naaaaa, eu tenho esperança de que, das duas uma, ou nunca me aconteça ou que, se acontecer, apareça um príncipe para me salvar!*
...
- Mas, pelo sim pelo não, mais vale não acontecer...










*[E, depois, o príncipe dizia: "Se andasses a cavalo, isso não acontecia!]

A propósito de nomes...

Acabei de ler mais um livro de Torey Hayden. Se a memória não me falha, e falha muitas vezes, este é o oitavo que li da autora!

Deste A Luz De Um Novo Dia, e como já é habitual, vou transcrever um pequeno pormenor da história que, nada acrescentando à narrativa, a torna especial. Aliás, a base das histórias da autora é sempre semelhante, mas estes pequenos pormenores, a escrita leve e descontraída, embora carregada de fortes emoções, fazem toda a diferença. É difícil não nos emocionarmos com as personagens e, pessoalmente, com o facto de esta professora não se querer mostrar ao mundo como perfeita: não, todos temos dias maus, todos temos atitudes menos boas, todos temos dúvidas e ela assume-o sem sombra de preconceito.

Ora aqui vai o dito:
"Nesse preciso momento entrou Bob, acompanhando dois pequeninos [gémeos verdadeiros] com o cabelo mais ruivo que eu já alguma vez vira. Era mesmo ruivo. Vermelho vivo, cor de cobre, penteado desajeitadamente e caindo sobre dois rostos magros e afilados, abundantemente salpicados de sardas do tamanho de gostas de chuva.
- Este é o Shane - apresentou Bob, pousando a mão com firmeza no rapaz da direita. - E este é o Zane.
Shane e Zane? Meu Deus, porque é que os pais fazem coisas destas aos filhos?"

Frase do Mês: Maio

"Amor platónico é inspiração para acordar mais um dia..."

(Myth)

sábado, 29 de maio de 2010

Mudanças


Confesso que tenho sempre algum (por vezes chega a ser muito) receio (medo, pronto!) da mudança...

Depois, a mudança prova-me que afinal não é assim tão má... terá aspectos mais positivos e outros menos positivos, mas a adaptação é possível. Como [pelo menos] eu costumo dizer: primeiro estranha-se, depois entranha-se.

Pontapé na Gramática #6

Parece que o post anterior, o Pontapé na Gramática #5, devia ser lido por mais pessoas...

Num aviso colocado na bilheteira de um cinema é possível ler-se...

obrigatóriamente

E mais não digo... porque já disse uma vez e pensei que fosse suficiente...

domingo, 23 de maio de 2010

Pontapé na Gramática #5

Ontem, segundo a informação do Teletexto, deu um filme intitulado...

"Fanáticamente apaixonados"

1.º Em algumas palavras, para além do acento tónico (neste caso, -men), existe também um acento secundário ou subtónico (neste caso, -na), que corresponde à sílaba que é pronunciada com menos intensidade que a sílaba tónica mas com mais intensidade do que as restantes sílabas átonas.
2.º Há excepções quanto ao uso do acento e uma delas é quando uma palavra terminada em -mente deriva de outra com acento (fanático).
3.º As palavras só podem ter acento gráfico até à antepenúltima sílaba (por isso classificam-se apenas em três categorias: agudas, graves e esdrúxulas). 

Exemplos: possivelmente (deriva de possível); assiduamente (de assíduo); genuinamente (de genuíno).

Logo, o filme intitula-se...

"Fanaticamente apaixonados"

sábado, 22 de maio de 2010

Já não é uma criança...

Para comemorar o 30.º aniversário do famoso jogo Pac-Man, o Google preparou uma surpresa...

Se queres festejar em grande estilo, apenas tens de seguir estes passos:
  1. Ligar o som;
  2. Abrir a página principal do Google;
  3. Jogar!

Boa sorte!!!  

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Será isto o Amor?!

És o meu orgulho.
Sinto a tua falta quando não estás por perto.
Tenho saudades tuas quando estou longe.
As minhas feições entristecem se chego e tu não vens ao meu encontro.
Fico feliz só por poder brincar contigo...mesmo sendo as brincadeiras mais desprovidas de sentido possíveis de imaginar.
Fico embevecida quando teimas em mostrar a toda a gente que te sentes bem aqui. 
Não me importo que nem sempre estejas cheiroso e arranjadinho.
Ganho o dia quando te faço mais de mil cafunés.
Tu ganhas o dia quando te faço mais de mil cafunés.
O meu coração derrete quando inclinas a tua cabecinha, como quem quer dizer algo mas nem precisa de palavras.
Adoro quando falas com o olhar e me olhas com ternura, como se eu fosse uma princesa de um reino encantado que acabaste de descobrir.


 Será isto o Amor?!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Pontapé na Gramática #4


Os Pontapés na Gramática são bastante frequentes por aí, infelizmente, é certo... Mas a verdade é que a Língua Portuguesa tem muitas particularidades e se os erros ocorrem com tanta frequência a culpa é - excluindo o já mítico problema das mensagens escritas e das simplificações que acabam por ser assumidas como "português correcto" por muitos daqueles que as usam - da própria Língua Portuguesa!
Muitas vezes duvidamos daquilo que dizemos ou escrevemos porque simplesmente certas palavras e frases nos soam, aqui sem sombra de dúvida, mal.

Reparem no verbo regozijar. Conseguiram ler e dizê-lo em voz alta sem se engasgarem? Sem duvidarem de que estavam a dizer a palavra de modo correcto? Ou será que foi só a mim que me ocorreu, quando a palavra regozijo apareceu no meio de uma leitura, que era das palavras mais estranhas que se pode pronunciar em Língua Portuguesa?

Sei o significado e nisso não tive dúvidas. Por outro lado, fiquei com dúvidas se alguma vez me vou atrever a utilizá-la... não vá a língua torcer-se e a palavra que devia soar a fino soa a não-fazes-ideia-daquilo-que-estás-a-dizer...

E é por essas e por outras que deixamos de utilizar certas palavras, optando pelas mais simples, e quando precisamos de outras a parte do cérebro ligada à linguagem dá nó e faz curto-circuito...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Delícia Musical #19

Encontrei, qual tesouro perdido nas profundezas do mar, o tema Honest dos ingleses Band of Skulls.

A revista Sábado classifica-o como um tema-chave da banda, "pelo papel de flor delicada em plena selva urbana.".

O artigo foi o ponto de partida para a pesquisa e, pessoalmente, fiquei encantada pela forma harmoniosa da canção, quer pela voz quer pela melodia.

Se optarem por ouvir o tema I Know What I Am, é provável que o associem a um anúncio televisivo. Qual? Hmmm, eis a questão... Eu sei, mas não digo!

domingo, 16 de maio de 2010

As coisas simples da vida


Gosto de passear na praia,
independentemente do vento fresco.
Gosto de passear na praia,
mesmo que o mar não esteja perfeito.
Gosto de passear na praia,
vendo caras conhecidas ou meros desconhecidos.
Gosto de passear na praia,
com pessoas que não se importam com o frio.
Gosto de passear na praia, 
mesmo sentindo arrepios ocasionais.
Gosto de passear na praia,
sozinha ou acompanhada.

Desde que o sol brilhe e o espírito também,
é sempre bom saborear as coisas simples,
 mas boas, da vida...


[sim, hoje aproveitei o sol para dar um passeio na praia!]

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Não se assustem, mas...

... Porque carga de água 
é que, quando a aula de ginástica
inclui exercícios com o
punho fechado,
eu penso sempre 
na mesma pessoa?!

Delícia Musical #18

Os EZ Special juntaram-se a Paulo Gonzo e apresentaram uma versão da música Segredos, originalmente de Frejat, um músico brasileiro.

Não sou completamente fã da música [isto é, não a ouço exaustivamente até saber cantá-la minimamente, nem a ouço exaustivamente até que todos cá em casa a reconheçam também], mas a letra prendeu a minha atenção:

Eu procuro um amor
Que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei

Nos seus olhos quero descobrir
Uma razão para viver
E as feridas desta vida
Eu quero esquecer

Pode ser que eu a [o] encontre
Numa fila de cinema
Numa esquina
Ou numa mesa de um bar

Procuro um amor que seja bom para mim
Vou procurar
Eu vou até ao fim
E eu vou tratá-la [tratá-lo] bem
Para que ela [ele] não tenha medo
quando começar
A conhecer os meus segredos

Prendeu a minha atenção? Oh! Porquê?!

Billy Elliot

O filme Billy Elliot, de Stephen Daldry, estreou no ano 2000 e lembro-me de ter ficado com vontade de o ver depois de ler as habituais rúbricas-crónicas-críticas mensais sobre cinema, numa qualquer revista que lia na altura.

Como tantas vezes aconteceu (e acontece), as circunstâncias da vida (provavelmente, a idade) não permitiram que o visse na altura. Agora, passados 10 anos (mesmo?), tive essa oportunidade.

Ao contrário do que, por vezes, acontece, as expectativas a cair para o elevadas não me desiludiram! O filme é, em poucas palavras, espantoso, de tão simples. História simples (não fossem os preconceitos absurdos que ainda hoje, passados 10 anos, existem e o filme nem tinha razão de existir), personagens simples (embora carregadas de emoções, de dúvidas, de sentimentos puros), final simples (evocando a força dos sonhos e a vontade de traçar destinos únicos e autênticos), num filme que, sendo drama, nos faz esboçar sorrisos com certos diálogos e situações.






"Inside every one of us is a special talent waiting to come out. The trick is finding it."

terça-feira, 11 de maio de 2010

Preguiça Criativa

Luis de Rivera, professor catedrático de Psiquiatria e Psicologia Clínica e presidente da Associação Espanhola de Psicoterapia, num artigo da revista Sábado (n.º 307), apresentou uma série de ideias acerca da relação desemprego/depressão.

Achei particularmente interessante esta ideia, passando a citá-la:

"A preguiça faz melhor do que o trabalho? Claro que sim. Mas a preguiça criativa. Todos os grandes avanços da humanidade, como a democracia e a filosofia, deveram-se a pessoas que não trabalhavam, a ociosos. Os gregos estavam o dia todo sentados, ou a passear, discorrendo sobre o sentido da vida e do universo. Pensavam mas não trabalhavam, no sentido actual do termo. Faz-nos falta mais ócio e uma ocupação criativa do tempo. Uma pessoa pode ser ociosa e estar a pintar, desenhar, praticar desportos, aproveitando o tempo para fazer algo de que gosta. O que é mau é o ócio desocupado."

Aliás, tenho escutado várias histórias de pessoas que encontraram a verdadeira vocação, aquilo que realmente as faz sentirem-se realizadas profissionalmente (influenciando, sem dúvida, a realização pessoal), depois de momentos de crise e depressão, em consequência do desemprego e da falta de perspectivas. Em vez de se afundarem em lamentos e tormentos, tomam as rédeas da vida e encontram o caminho em algo que não passava de um passatempo, em algo que nunca tinham encarado de forma séria, em algo que nem sequer sabiam que eram capazes de fazer...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Delícia Musical #17

Esta é fresquinha fresquinha!

Trata-se do primeiro single do novo trabalho, intitulado Tango 3.0, dos franceses Gotan Project: La Gloria.


Concorrentes do programa Achas que sabes dançar?: inspirem-se!

Amantes do futebol: prestem atenção à música e escutem o comentador argentino Victor Hugo Morales gritar GOOOOOOOTAN, em vez do típico GOOOOOOOAL.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Para ti, com amizade!


[Faltam algumas velas...mas ninguém precisa de saber!]

Delícia Musical #16

Finalmente, a maravilhosa e talentosa Rita Redshoes tem um novo disco (estará à venda em breve)!

A saga de Dream On Girl, The Beginning Song, Choose Love e Hey Tom intitula-se Captain Of My Soul.
Se não conhecem o trabalho da Ritinha dos Sapatos Vermelhos, não hesitem em passar a conhecer: as letras são inspiradoras e as melodias suaves, o conjunto ideal para passar bons momentos a cantar, a dançar, a pensar, a namorar, a enfrentar o trânsito e o que mais vos apetecer [mesmo que não acabe em -ar]...

E, claro, quando a oportunidade para a ouvir ao vivo surgir, não a desperdicem! Eu já vi e recomendo: além das qualidades musicais que referi até agora, em palco a Ritinha é encantadora, doce e bastante expressiva.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pontapé na Gramática #3

Os programas televisivos dedicados aos talentos, quer para o canto quer para a dança, estão em voga.
Todos os que participam, uns de modo mais sério outros apenas para se divertirem, possuem um único objectivo: mostrar o valor que têm [para o canto, para a dança ou para a palhaçada].
E nisso eu não vejo nada de mal. Nem isso é motivo para escrever um Pontapé na Gramática.

Tenho, porém, que alertar para o facto de que, se querem mesmo provar o vosso valor, não mencionem a última palavra desta frase [os que já o fizeram, tentem não repetir, sim?]:
"Eu sei aquilo que valo!"
Eu sei, no calor da emoção dizemos palavras que não devíamos e não queríamos dizer... somos humanos, simplesmente sai...e não há nada a fazer... Mesmo assim, não custa tentar... Repitam comigo:
"Eu sei aquilo que valho!"
Em caso de dúvida, digam apenas:
"Eu sei o valor que tenho!"


[Em contrapartida, eu vou tentar escrever menos vezes a palavra que... bahhhh]

Delícia Musical #15

Mais uma vez incluo na ementa da Delícia Musical uma música que integra a banda sonora da [fantástica] telenovela Viver a Vida.

Ana Cañas canta Esconderijo e, preparem-se, porque a ameaça já foi lançada no site oficial da cantora:
"Se você provou alguma vez o elixir subversivo que um disco de rock pode produzir, saiba que tem agora nas mãos algo que certamente lhe interessa. Prepare-se, aliás, porque dependendo do tempo de abstinência, uma só dose será fatal: seus tímpanos vão viciar."

Frase do Mês: Abril

"Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem que se sinta melhor e mais feliz."

 
(Madre Teresa de Calcutá)