Luis de Rivera, professor catedrático de Psiquiatria e Psicologia Clínica e presidente da Associação Espanhola de Psicoterapia, num artigo da revista Sábado (n.º 307), apresentou uma série de ideias acerca da relação desemprego/depressão.
Achei particularmente interessante esta ideia, passando a citá-la:
"A preguiça faz melhor do que o trabalho? Claro que sim. Mas a preguiça criativa. Todos os grandes avanços da humanidade, como a democracia e a filosofia, deveram-se a pessoas que não trabalhavam, a ociosos. Os gregos estavam o dia todo sentados, ou a passear, discorrendo sobre o sentido da vida e do universo. Pensavam mas não trabalhavam, no sentido actual do termo. Faz-nos falta mais ócio e uma ocupação criativa do tempo. Uma pessoa pode ser ociosa e estar a pintar, desenhar, praticar desportos, aproveitando o tempo para fazer algo de que gosta. O que é mau é o ócio desocupado."
Aliás, tenho escutado várias histórias de pessoas que encontraram a verdadeira vocação, aquilo que realmente as faz sentirem-se realizadas profissionalmente (influenciando, sem dúvida, a realização pessoal), depois de momentos de crise e depressão, em consequência do desemprego e da falta de perspectivas. Em vez de se afundarem em lamentos e tormentos, tomam as rédeas da vida e encontram o caminho em algo que não passava de um passatempo, em algo que nunca tinham encarado de forma séria, em algo que nem sequer sabiam que eram capazes de fazer...
É a preguiçar que tenho as melhores ideias!
ResponderEliminarMil pétalas...
aqui está uma teoria interessante. realmente é um optimo ponto de vista.
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