domingo, 13 de dezembro de 2009

Delícia Musical #2


A Delícia Musical de hoje é totalmente tuga!


Dois intérpretes portugueses, Mafalda Veiga e Tiago Bettencourt, juntaram-se (não sei se terá sido à esquina ou não) para cantar - como só eles sabem fazer e bem - "Balançar". O ritmo é calmo, claro está, mas a letra agita-nos a alma... Quer dizer, agita a minha, pelo menos...


Duas vozes fantásticas unem-se num dueto muito agradável ao ouvido, provando que a música e os músicos portugueses têm muito valor. Prova também que a "Mafaldita" tem muito bom gosto e olho para o assunto: depois de João Pedro Pais, regressa em grande ao lado de Tiago Bettencourt.


Não deixem de ouvir, não só os solos e os duetos destes três "Artistas Portugueses", mas em especial o mais recente "Balançar" (a qualidade não é muita, mas em breve deve estar disponível algo melhor...)!

P.S.: I Love You



A temperatura começa a descer para não nos fazer esquecer que o Inverno está a chegar... Logo, sabe bem estar no aconchego do lar, enrolado numa manta ou juntinho à lareira. Para o tempo (tanto a temperatura como os minutos) ser bem aproveitado, nada melhor que ver um bom filme...
A minha sugestão, tal como indica o título, é o filme "P.S.: I Love You", de Richard LaGravenese. Vi e até já repeti. E quando não me importo de o fazer é porque gosto mesmo.
A história é comovente, mas consegue, mesmo tendo como pano de fundo uma trágica separação, apresentar momentos alegres, divertidos, que nos fazem sorrir com as personagens.
No final - que fica um tanto ou quanto em aberto - aprende-se que vale a pena viver e que, até quando tudo parece perdido, podemos voltar a encontrar um caminho. E, claro, o nosso coração tem uma capacidade muito especial: guarda sentimentos, momentos e pessoas, por mais distantes, em tempo e em espaço, que eles estejam.

Destaco a maravilhosa interpretação feita pela actriz Hilary Swank, mas também a de Gerard Butler, que na minha opinião (extremamente isenta) ganha pelo bom aspecto físico, mesmo não estando "vivo" na maior parte do filme...

Por falar em Hilary Swank, e se apreciam o trabalho da actriz, não deixem de ver "Páginas da Liberdade". Um incentivo extra? Inclui uma personagem interpretada pelo "McDreamy" da série Anatomia de Grey... Para as mais distraídas, estou a falar de Patrick Dempsey. Embora o filme já seja suficientemente bom sem ele, até porque a sua personagem tem pouca relevância para a história principal.


... Espero que dê para espantar o frio!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Delícia Musical #1

Falei de livros, falei de filmes... falta a música!

Sendo assim, apresento hoje a minha primeira sugestão musical.

A novela brasileira "Viver a Vida" (em exibição na SIC) apresenta uma banda sonora bastante soft, com temas muito relaxantes e baladas lindíssimas, em português do Brasil e também em inglês.

Entre outros bastante interessantes, destaco os temas "Migalhas", da cantora brasileira Simone, e "Heroes & Saints", do para mim desconhecido NiKolaj Grandjean...

Deliciem-se...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Aventura com a Polícia

Na semana passada, numa saída exclusiva para raparigas, uma brigada de trânsito teve o privilégio de me baptizar nestas rusgas policiais que, de quando em vez, surgem um pouco por todo o lado.
Ora bem, devo confessar que estava mal habituada, dado que sempre me livrei de parar, achando que, por um lado, os polícias simpatizavam com a minha cara e deixavam-me seguir em paz o meu caminho e, por outro, deduziam que eu tenho mais que fazer do que mostrar documentos e soprar o balão.
Portanto, nessa noite, sentia-me confiante de que iria continuar a ser "ignorada" por esses senhores fardados (com todo o respeito). Tanto que quase tive de travar a fundo para não atropelar o polícia que se atreveu a deitar por terra toda a minha confiança "anti-rusgas policiais" (isto é mero exagero poético, o polícia nem sequer chegou a pensar na possibilidade de ficar com medo...).
Depois, voltando à realidade, comecei a tremer, só não percebi se foi de medo, se de timidez ou simplesmente de frio. O certo é que o local onde estão guardados os documentos estava uma autêntica confusão e encontrar o essencial foi como procurar uma agulha num palheiro, como diz o ditado popular. Portanto, achei que podia explicar a situação ao senhor polícia, enquanto os procurava, dizendo-lhe que, como o carro era de um homem, estava tudo desarrumado. Ao que ele respondeu perguntando se eu queria dizer que todos os homens eram desarrumados. Só me ocorreu pensar: "Pronto, agora vais passar a noite à prisão por ofensas verbais...". Apliquei-me, então, a reduzir os estragos dizendo que, obviamente, existem excepções. E o senhor polícia ficou visivelmente mais satisfeito. A verdade é que não conheço muitas excepções a esta "regra", mas a minha sorte estava a níveis elevadíssimos nessa noite e logo acertei, qual euromilhões, numa delas.
Só faltava, claro está, soprar no famoso balão.
"Já alguma vez soprou no balão?", depois da inevitável questão "Bebeu?".
"Não...", a uma e a outra.
"Há sempre uma primeira vez para tudo!".
"É verdade..."
E lá fui eu... e aqui sim, tremia, sem sombra de dúvidas... por causa do frio (mesmo).
0.00 - Mostrou a máquina.
"Vê, não lhe menti!"
Por fim e para provar que os senhores polícias são uns senhores simpáticos, um outro comentou: "Então a menina tem vinte aninhos..."
"Tenho, tenho... vinte e mais uns poucos..."
...
"Pronto, pode ir... está tudo bem."
"Adeus, boa noite!"
...
Ufa...
...
E assim foi o meu "baptismo policial"! Se for sempre assim, vou parar com muito gosto e até, quiçá, oferecer-me para parar (mais um exagero poético, para terminar em beleza)!

domingo, 8 de novembro de 2009

August Rush - O Som do Coração


Ontem, além de ter passado uma noite bastante agradável, vi um filme simplesmente fantástico. É caso para dizer que "demorou mas foi" e o tempo que demorámos a escolher o filme valeu bem a pena. Definitivamente, escolhemos muito bem, chamem-lhe intuição ou apenas sorte.

August Rush - O Som do Coração, de Kirsten Sheridan, com Freddie Highmore, Jonathan Rhys Meyers, Keri Russell e Robin Williams, é um filme delicioso que reune muitos dos meus ingredientes cinematográficos preferidos: muita e bela música, uma pitada subtil de comédia, recheada de drama, coberta de romance.

Os momentos musicais são de ouvir e chorar por mais, desde as "improvisações" à música clássica, das baladas a toda a banda sonora - divino! Fiquei extremamente impressionada com a voz do actor Jonathan e, para o meu rol de canções predilectas, já acrescentei: "Something Inside" e "This Time". Já não quero parar de ouvir! Na minha humilde opinião, canta e interpreta os temas melhor do que muitos cantores que por aí (e por aqui) andam...

Se me dissessem para rever hoje mesmo o filme, não hesitava em aceitar tal proposta e aconselho-o vivamente, sobretudo a quem, tal como eu, aprecia os "ingredientes" do filme ou simplesmente não vive sem música!

Em duas singelas palavras: lindo e mágico.

Espreitem o trailer em http://www.youtube.com/watch?v=-5ab6RtA-KE e não se esqueçam de ouvir os temas principais!

domingo, 1 de novembro de 2009

Tempo para ler

Um dia descobri que, de facto, tinha tempo para me dedicar à leitura. Apesar de não ser uma devoradora de livros no sentido quase literal, pois até leio bastante devagar (comparando com outros casos), a verdade é que gosto bastante de ler. Sempre gostei. Mas do gostar ao praticar afincadamente passaram-se alguns anos... Depois veio a fase em que sabia que gostava e queria ler. Nessa altura não tinha tempo, embora lesse bastante para me cultivar, digamos, cientificamente.

Portanto, a leitura por prazer (enfim, ler aquilo que realmente escolhemos ou que, de uma maneira ou de outra, nos desperta interesse) só a faço, mais frequentemente, à cerca de um ano (talvez um pouco mais).

No início, uma amiga emprestou-me alguns dos seus livros, que fui lendo o mais depressa que pude para os poder devolver (e, acreditem, esta parte é muito importante). Confesso não sou "o Obikwelu" da entrega de livros... mas isso deve-se, em parte, à espécie de luto que faço entre cada livro. Explicando melhor, quando termino de ler um livro demoro alguns dias a começar o próximo. Das duas uma: ou o que li agradou-me tanto que tenho medo de que o próximo não lhe chegue aos calcanhares, ou então o que li não me agradou e não me sinto motivada para o que se segue.

É claro que o luto nem sempre é respeitado. E porquê? Se já sei que vou ter de estar à espera de algo e a melhor companhia é um livro, quebro o luto e lá vou eu para o próximo (mas penso duas vezes...)!

Passado uns tempos, comecei a investir em livros, por três razões:

1) Ter os meus próprios livros;

2) Ter uma "moeda de troca" para com a minha amiga;

3) Acho aquelas estantes que aparecem em filmes, séries ou telenovelas repletas de livros maravilhosas (sim, e atrás de algum deles está escondido um cofre).

Não se pense que gosto de tudo o que leio, mas também se não lesse nunca saberia...

Gosto sobretudo dos que me fazem sonhar, dos que me fazem viajar para o interior da história, dos que me fazem querer ser uma ou outra personagem, dos que me fazem esquecer onde estou... Gosto dos que me ensinam algo novo, dos que me inspiram, dos que dão esperança, dos que me fazem querer ler o próximo capítulo e depois o outro e depois o outro... Gosto dos que me fazem querer voltar ao início quando chego ao fim, daqueles que, no final, a pergunta que se impõe é "Já acabou?".