domingo, 6 de dezembro de 2009

Aventura com a Polícia

Na semana passada, numa saída exclusiva para raparigas, uma brigada de trânsito teve o privilégio de me baptizar nestas rusgas policiais que, de quando em vez, surgem um pouco por todo o lado.
Ora bem, devo confessar que estava mal habituada, dado que sempre me livrei de parar, achando que, por um lado, os polícias simpatizavam com a minha cara e deixavam-me seguir em paz o meu caminho e, por outro, deduziam que eu tenho mais que fazer do que mostrar documentos e soprar o balão.
Portanto, nessa noite, sentia-me confiante de que iria continuar a ser "ignorada" por esses senhores fardados (com todo o respeito). Tanto que quase tive de travar a fundo para não atropelar o polícia que se atreveu a deitar por terra toda a minha confiança "anti-rusgas policiais" (isto é mero exagero poético, o polícia nem sequer chegou a pensar na possibilidade de ficar com medo...).
Depois, voltando à realidade, comecei a tremer, só não percebi se foi de medo, se de timidez ou simplesmente de frio. O certo é que o local onde estão guardados os documentos estava uma autêntica confusão e encontrar o essencial foi como procurar uma agulha num palheiro, como diz o ditado popular. Portanto, achei que podia explicar a situação ao senhor polícia, enquanto os procurava, dizendo-lhe que, como o carro era de um homem, estava tudo desarrumado. Ao que ele respondeu perguntando se eu queria dizer que todos os homens eram desarrumados. Só me ocorreu pensar: "Pronto, agora vais passar a noite à prisão por ofensas verbais...". Apliquei-me, então, a reduzir os estragos dizendo que, obviamente, existem excepções. E o senhor polícia ficou visivelmente mais satisfeito. A verdade é que não conheço muitas excepções a esta "regra", mas a minha sorte estava a níveis elevadíssimos nessa noite e logo acertei, qual euromilhões, numa delas.
Só faltava, claro está, soprar no famoso balão.
"Já alguma vez soprou no balão?", depois da inevitável questão "Bebeu?".
"Não...", a uma e a outra.
"Há sempre uma primeira vez para tudo!".
"É verdade..."
E lá fui eu... e aqui sim, tremia, sem sombra de dúvidas... por causa do frio (mesmo).
0.00 - Mostrou a máquina.
"Vê, não lhe menti!"
Por fim e para provar que os senhores polícias são uns senhores simpáticos, um outro comentou: "Então a menina tem vinte aninhos..."
"Tenho, tenho... vinte e mais uns poucos..."
...
"Pronto, pode ir... está tudo bem."
"Adeus, boa noite!"
...
Ufa...
...
E assim foi o meu "baptismo policial"! Se for sempre assim, vou parar com muito gosto e até, quiçá, oferecer-me para parar (mais um exagero poético, para terminar em beleza)!

Sem comentários:

Enviar um comentário