"Em todas as lágrimas fica sempre uma esperança."
(Simone de Beauvoir)
Dificilmente me tenho sentido tao bem sem estar na tua presença ou a pensar em ti. Por vezes, nao percebo. Nao te percebo. Nem me percebo. Gosto de quando falamos sem serem necessarias palavras, so gestos e olhares, por vezes so olhares. Gosto de te ver cantar. De te ver com energia, mesmo que te sintas cansado. Ontem consegui ver tristeza no teu olhar. Preferia nao ter visto. Mas, se nao te conheço assim tao bem, como consegui perceber? Pequenos gestos, pequenos sinais. Os certos, pude confirmar depois. Tu proprio confirmaste. Finalmente, senti outra vez a energia, por gestos, por olhares, por palavras. Gosto que me chames para falar contigo. Gosto que continues a querer que eu va la. Se nao quisesses nao tocavas mais no assunto, estou certa? Gosto, sobretudo, que me faças sentir bem so por estares ali. Gostava que te sentisses bem so porque eu estou ali.
... um So Big parecido com este!
Ja e o segundo sabado que tenho esta sensaçao estranha no estomago... Nao consigo perceber porque... A unica coisa em comum e o facto de ter saido na noite anterior e de um certo moço teimar em implicar, de modo simpatico, engraçado e ate atrevido, comigo. Se acho mal? Nao, de todo... Ah, e ressaca? Nao, so bebo sumo de laranja! Horarios de sono descontrolados? Ja me deitei mais tarde ficando em casa...
Ela diz que o rapaz do bar se estava a meter comigo e que olhava muitas vezes para mim. Eu digo que ela precisa de ir ao oftalmologista. É verdade que até as palhinhas ele me quis cobrar, mas... Eu digo que ele estava apenas a ser simpático [e engraçado, vá...]. Da próxima vez que for lá, em vez de lhe pagar com moedas de vinte e dez cêntimos, vou pagar com moedas de um cêntimo. Assim, tipo vingança... [ahah]
Estou a fazer uma limpeza a minha pagina numa rede social... ja aceitei (um ou dois, tres no maximo) e rejeitei pedidos de amizade pendentes ha imenso tempo (meses e diria mesmo anos...), eliminei todas as mensagens lidas e nao lidas... agora estou a eliminar fotos e, consequentemente, os comentarios feitos as mesmas. E esta parte e que custa um bocadinho: reler os comentarios que amigos e desconhecidos fizeram, reparar nas mudanças que entretanto ocorreram em termos relacionais, verificar que tanta coisa mudou, perceber que alguma coisa ficou... Mas a verdade e que ja nao faz sentido, queira ou nao, admitindo ou nao, sendo visivel para as outras pessoas ou nao, mudei, ja so sou parte daquilo... Talvez parte dessa mudança esteja mesmo na origem de querer (e esta tarefa tem vindo a ser adiada imensas vezes, por falta de tempo e/ou paciencia) apagar todas estas recordaçoes. Sim, recordaçoes. Afinal, passei muito tempo de volta daquilo, tempo perdido talvez, mas tempo de qualquer forma. E fica sempre algo. So que agora nao tenho provas.
Ora, dado o incidente e o trauma, e para atormentar mais um pouco as mentes criativas que me querem presentear [se entretanto alguém, algures na blogosfera, se sentir comovido com a minha humilde lista de presentes e me quiser presentear também, é só pedir a morada no espaço de comentários...ahah], não, não quero os malfadados perfumes. Mas podem sempre oferecer-me (mais) um exemplar de Amor Amor, de Cacharel.